O câmbio CVT
chegou aos carros em 1960, mas só agora, em 2013, terá um papel importante na
indústria automobilística nacional: reduzir o consumo de combustível para
atender às novas normas estabelecidas pelo Inovar Auto — regime automotivo
brasileiro que entra em vigor a partir de janeiro do ano que vem. Mas o que é o
câmbio CVT e qual a diferença para o manual, automático e automatizado? Especialistas explicam cada uma das tecnologias que não,
necessariamente, são melhores ou piores.
As
características de cada uma são bem distintas e, por isso, o que vai determinar
a vantagem é o objetivo da montadora ou do consumidor. No caso do CVT, trata-se
de uma transmissão que consome 10% menos combustível do que a manual e 8% menos
do que a automática, de acordo com o engenheiro da Toyota.
O CVT
(Continuously Variable Transmission) oferece relações de marcha continuamente
variáveis, ou seja, pode-se dizer que este tipo de transmissão tem marchas
infinitas. Isso é possível porque esta tecnologia não possui engrenagens,
exatamente o que a difere de um câmbio automático tradicional. O câmbio CVT
possui duas polias de diâmetro variável, unidas por uma correia metálica de
alta resistência. Dessa forma, o sistema permite uma aceleração contínua, sem
trancos, o que dá a impressão de que o carro nunca troca de marchas.
Câmbios
manuais x automáticos
A diferença
básica entre uma transmissão manual e a automática é que a primeira trava e
destrava diferentes sequências de engrenagens dentro da caixa de mudanças e,
assim, permite diversas velocidades. Para fazer as trocas, o sistema manual
possui a embreagem. Ela acopla e desacopla o conjunto. Os câmbios manuais mais
modernos já vêm com seis marchas ou mais, o que também ajuda na economia de
combustível.
Já a
transmissão automática traz um conjunto de engrenagens “planetárias”, que é um
jogo igual ao das engrenagens utilizadas na manual, mas concentrado em uma
única peça. Para que o sistema funcione, existe um componente chamado de
conversor de torque, que faz a função de embreagem. Este item faz um
acoplamento hidráulico que permite que o motor gire de forma independente da
transmissão.
Assim, se o
motor girar mais lentamente, a quantidade de torque que passa pelo conversor é
menor. Se o motorista acelera, o motor bombeia mais fluido para dentro do
conversor de torque, o que faz com que essa força seja transmitida às rodas.